O Livro dos Médiuns

O Livro dos Médiuns : Depois da publicação de O Livro dos Espíritos em 1857, por Allan Kardec na sua primeira edição, o Codificador dedicou cuidado especial não só à sua actualização e desenvolvimento, como também à sua estruturação da Doutrina, de acordo com instruções recebidas do Plano Espiritual que haviam priorizado a elaboração da parte filosófica da Doutrina, como também da parte científica da mesma, já que as sua investigações haviam começado exatamente pela verificação da fenomenologia mediúnica, isto é, das comunicações entre os dois planos da vida.

A questão fundamental surgia verdadeiramente porque havia intermediários para os fenómenos que constatara, e era necessário verificar a sua veracidade e a estatura moral dos seus atores.

Foi assim que as reuniões fenomênicas passaram a exigir do mestre lionês uma observação cuidada e o estabelecimento codificado da nova ciência, o que levou Kardec a estudar e estruturar o conhecimento dos seus agentes, os espíritos, e dos actos praticados, separando as águas e afastando o fantástico e o sobrenatural, para congregar os fenómenos de forma a torná-los passíveis de serem estudados pelos cientistas da sua época.

Surge então, ao longo dos anos que se seguiram, O Livro dos Médiuns, que desenvolve um estudo aturado da fenomenologia mediúnica que surge em forma inicial publicado em janeiro de 1861, e que passou a constituir o segundo pilar da Doutrina, que acabaria por abrir caminho ao terceiro, claramente a parte religiosa da Doutrina, contida em O Evangelho segundo o Espiritismo.

O Livro dos Médiuns constitui assim uma obra fundamental para aqueles que pretendem basear a sua adesão ao Espiritismo no conhecimento da Verdade.

Título original francês: LE LIVRE DES MÉDIUMS (Paris, janeiro de 1861) – Tradução coordenada por Arnaldo Costeira