Labirintos do Ódio, da Traição e da Dor

Ao longo da História da Humanidade o heroísmo de numerosas testemunhas do Cristo foi apagado de forma brutal, sempre que desafiava o poder despótico, muitas vezes detido pelos falsos religiosos de todos os matizes. A História do Cristianismo, da Idade Média, não fugiu a essa lamentável tradição. O século XIII, quando o obsoleto regime feudal, em declínio por virtude do caminho, inesperado, que tomavam as Cruzadas, passava para o poder religioso, terá sido marcado por intervenção Superior do Senhor da Terra, enviando, pelas portas da Reencarnação, algumas centenas de Espíritos encarregados de fazer reviver a Igreja da Humildade, comandados pelo Discípulo dilecto, João Evangelista, na figura de Francisco de Assis. A singela povoação de «Esperança», às margens de pequena ribeira afluente do Rio Tibre, nas cercanias de Assis, foi o centro da mais séria implantação do amor e de solidariedade, onde centenas de homens, mulheres e crianças puseram em prática a mais bela história de Amor cristão, que haveria de cair às mãos de organização truanesca e selvagem, manipulada por abjectas forças das trevas.

Labirintos do Ódio, da Traição e da Dor é a história desse povoado, varrido completamente do mapa por hordas assassinas a soldo dos poderosos senhores feudais, a maioria dignitários do poder religioso que crescia nos corredores do papado, surpreendentemente protetor dos ideais do iluminado de Assis. São páginas de dor, de sofrimento inaudito, mas de esperança, sempre renovada, quando a Boa Nova de Jesus abre as portas à compreensão da Justiça Divina que sempre se faz presente quando o caminho é o da Redenção, histórica que nos trz de volta o passado, que foi também o nosso.